Zonas erógenas — explora a teu bel-prazer

As zonas erógenas são as partes do nosso corpo que, quando estimuladas, dão prazer, por vezes tão intenso que leva ao orgasmo. Estas partes do corpo dão um prazer mais intenso do que outras porque são ricas em terminações nervosas e, por isso, estão bem representadas na parte do cérebro que recebe os estímulos sensuais da periferia.

Tipos de zonas erógenas

Existem as zonas erógenas primárias, mais ligadas à genitália, e as secundárias, pontos do corpo sensíveis com terminações nervosas, que aumentam o prazer.

Zonas erógenas primárias femininas:

  • Vulva e suas partes (pequenos e grandes lábios, clitóris);
  • Vagina em todo o seu comprimento e em zonas específicas, como o ponto G ou zona CUV e os fórnices anterior e posterior;
  • Mamilos.

Zonas erógenas primárias masculinas:

  • Pénis (glande, prepúcio, todo o eixo);
  • Escroto;
  • Ânus e zona perianal;
  • Mamilos.

E depois existem também as zonas erógenas secundárias, como:

  • Orelhas;
  • Boca;
  • Pescoço;
  • Abdómen;
  • Ancas;
  • Mãos e pés;
  • Joelho.

É preciso esclarecer: a lista acima não é completa nem definitiva. 

Algumas pessoas podem achar outras partes do corpo agradáveis, enquanto outras podem achar desagradável ser estimuladas numa das partes mencionadas: é essa a beleza da diversidade!

Exploração e descoberta das nossas zonas erógenas

Então, como é que podemos perceber o que gostamos ou não gostamos? Explora o teu corpo. Faz experiências contigo próprio(a).

1.  Gostas de toques firmes?
2.  Em todo o corpo?
3.  Há zonas que pedem movimentos mais suaves?
4.  Gostas de sentir cócegas?
5.  Se várias zonas erógenas forem estimuladas ao mesmo tempo, gostas ou perde-se um pouco da magia?

    É o teu corpo e o teu prazer, por isso experimenta!

    Outro aspeto que não deve ser subestimado é a variedade dos tipos de estimulação.

    É possível que algo que uma vez te parecia incrivelmente estimulante, noutra ocasião não tenha o mesmo efeito. Isto não é estranho e pode acontecer, pois o nosso corpo responde a múltiplos sentidos e o estado emocional tem uma grande influência na forma como o cérebro processa os estímulos.

    Não te restrinjas apenas ao tato: estimula todos os teus sentidos!

    Experimenta cheiros e sabores que aprecias, ouve música de que gostas ou sons que te agradam. Será que manter os olhos abertos ou fechados enquanto estimulas ou és estimulado(a) nessa área altera a experiência de alguma forma?

    Quanto ao tacto, recorda-te de que os dedos, a boca, a língua, as cócegas, o quente e o frio, uma pena ou um mola da roupa, a seda ou o metal proporcionam sensações completamente distintas.

    Tenta, experimenta, cria a tua própria lista pessoal, está sempre pronto(a) a modificá-la (não é algo estanque) e depois partilha-a. Este é realmente o melhor conselho que podemos dar.

    Importância da comunicação

    Comunica as tuas descobertas. Depois de teres descoberto o que gostas e como essa parte deve ser estimulada, não guardes o segredo para ti (especialmente se o teu parceiro estiver a fazer coisas de que não gostas). Explica sem medos o que verdadeiramente te satisfaz, no momento.

    Ambos sairão mais satisfeitos e, se houver outros encontros, já haverá uma base de prazer através da comunicação.


    Artigo de Silvia Boselli - Obstetra especialista em reabilitação do pavimento pélvico

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