Técnicas de bondage — como ter mais prazer?

Técnicas de bondage? A primeira coisa que vem à mente quando se fala deste assunto é bloquear as mãos da outra pessoa (possivelmente atrás das costas). As mãos, quando amarradas, simbolizam a perda da capacidade de agir e da liberdade, enviando uma mensagem potente à pessoa amarrada.

Começamos precisamente pelas mãos porque é a forma mais fácil de tocar o aspeto psicológico e físico. O facto de não se poder fazer nada envia um sinal muito forte ao cérebro: estamos dependentes de alguém.

Como fazer bondage — técnicas

Para imobilizar o resto do corpo, podem usar-se cordas, lenços e afins.

Podes simplesmente decidir amarrar uma pessoa numa posição em forma de estrela na cama.

Podes tentar amarrar as duas pernas juntas, aproximando o pé das nádegas, uma técnica de bondage chamada futomomo (perna grande, traduzida do japonês). Hogtie é outra técnica em que as mãos e os pés são amarrados juntos, normalmente nas costas, fazendo com que a pessoa fique curvada e totalmente imobilizada.

O shibari, técnica de amarração japonesa, é considerado uma forma de arte devido à sua estética apurada. Além de despertar excitação, é admirado pela sua beleza, especialmente em mulheres. Ao serem amarrados, os seios ficam mais firmes, a corda acompanha harmoniosamente as curvas naturais do corpo e, a cada nó, a tensão é intensificada, criando uma experiência cativante.

Nota: Se um dia decidires fazer coisas mais complexas e específicas com cordas, há muitos cursos para aprenderes a fazer bondage japonês.

Materiais utilizados no bondage

As cordas podem ser feitas de juta (a fibra mais utilizada e mais suave), algodão (a mais acessível), cânhamo, nylon e seda.

Para além das cordas, já mencionadas, existem outros materiais utilizados na prática de bondage:

  • Algemas: para prender os pulsos ou tornozelos;
  • Fitas de bondage: ótimas alternativas a cordas e lenços;
  • Colares e trelas: populares nos jogos de dominação/submissão;
  • Capuzes e vendas para os olhos: sem um sentido apuram-se todos os outros;
  • Mordaças: para quem gosta de ficar sem fala e completamente dominado pelo parceiro;
  • Equipamento de suspensão: para os mais avançados e aventureiros.

Como fazer os nós de bondage

Não há muita ciência, pois trata-se do clássico nó de sapato, o chamado nó plano. Basta fazer pelo menos três. De qualquer modo, não é necessário suspender ou puxar um peso muito grande.

Em geral, a forma de atar um corpo é muito simples quando se conhece um pouco da anatomia da articulação. Uma das principais dicas para fazer bondage é adaptar-se ao corpo da pessoa que está a amarrar e às suas necessidades físicas.

Segurança no bondage

É certamente uma boa ideia ter sempre uma tesoura ao seu lado, de preferência com uma ponta redonda. As ideais podem ser encontradas em farmácias, bastando pedir uma tesoura de paramédico.

É fundamental que os parceiros combinem uma palavra de segurança, assim como um gesto ou sinal que sirva de alerta para se interromper imediatamente o que se está a fazer. Este acordo deve ser revisto regularmente.

Mesmo que esteja amarrado com lenços, e não com cordas, é melhor ter algo que corte, por precaução. Há sempre a tendência para pensar na circulação, que na realidade, quando se está amarrado, é pouco relevante. A principal razão para ter uma tesoura por perto é o facto de poderem ocorrer circunstâncias como incêndios e afins e ser necessário cortar rapidamente.

Quanto ao resto, é essencial serem respeitadores, dizerem se têm medo, comunicarem sempre, e sobretudo divertirem-se e terem muito prazer!


Artigo de Marta Santospirito - Especialista em sexualidade kinky e professora de bondage.

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